3 de janeiro de 2022
Por Rodrigo Rocha,
profissional com Certificação CFP®
O início de um novo ano
representa para a maioria de nós o início de um novo ciclo: são novos
objetivos, alguns novos sonhos, projetos… Esse também deve ser um momento de
olhar para nossa vida financeira e analisar como foi o ano que passou e,
principalmente, como devemos nos organizar financeiramente para o ano que irá
iniciar.
Pensando no lado financeiro, uma
ótima coisa para fazer é um check out das nossas finanças em relação ao
ano que passou, ou seja, olhar no que gastamos nossos recursos financeiros, se
estes gastos foram dentro do esperado, quais foram as despesas extras que
tivemos, se conseguimos cumprir nosso plano financeiro, se sobraram ou faltaram
recursos, e como foi o desempenho das aplicações financeiras.
No âmbito econômico, 2021 foi um
período de grandes mudanças: voltamos a ter uma inflação acumulada chegando em
dois dígitos e uma taxa Selic que iniciou 2021 em 2,00% ao ano e irá fechar em
9,25% ao ano.
Com base nessa análise,
precisamos montar o planejamento financeiro para o ano que se inicia. A
primeira coisa a se fazer é planilhar todas as despesas para 2022, tanto
aquelas despesas fixas mensais quanto sazonais, como: seguros, impostos,
manutenção de carros e casas, matrícula e material escolar, entre outros.
Baseado na planilha de gastos,
devemos montar um fluxo de pagamentos e recebimentos para o próximo ano,
considerando a sazonalidade destes gastos (e também dos recebimentos, se for o
caso). Com esse fluxo em mãos, podemos começar a pensar em como investir o
excedente de cada mês, ou correr atrás de créditos e outras soluções
financeiras caso a conta não esteja fechando.
Uma vez montado este fluxo
financeiro, teremos uma fotografia da nossa situação financeira, sendo que para
o dinheiro que estiver sobrando no mês a mês, poderemos negociar as aplicações
com o prazo de carência de resgate correto para cada montante, maximizando
assim os ganhos.
É importante que o dinheiro da
reserva de emergência seja mantido em aplicações financeiras com rendimento
diário e sem nenhuma carência, mesmo que isso implique em ganhar menos juros
nesta parte dos recursos. Já os demais valores podem ser aplicados com carência
de 90, 120 ou 180 dias, conforme o planejamento de utilização, sempre lembrando
que quanto maior a carência melhor deve ser os ganhos nesta aplicação.
Identificando que faltarão
recursos em algum mês, o planejamento ajudará para podermos negociar uma saída,
seja através de crédito ou alguma outra solução (com bastante antecedência para
que o custo financeiro deste ajuste seja o menor possível). Lembrando que este
planejamento deve ser feito em conjunto por todos os integrantes da família que
serão diretamente afetados por estas decisões, assim garantimos que as
necessidades de todos serão atendidas e gerará maior engajamento no cumprimento
dos objetivos.
Converse sempre com o gerente da
sua instituição financeira para ele poder lhe auxiliar na escolha do melhor
produto para cada necessidade do seu planejamento, tanto para aplicação
financeira quanto para a tomada de crédito quando necessário.