Educação Financeira

#194 — Lidando com dinheiro

6 de fevereiro de 2023

Por Rodrigo Rocha,
profissional com certificação CFP® 

O relacionamento das pessoas com
dinheiro é um assunto complexo, seja no âmbito das finanças pessoais, seja nos
controles financeiros das empresas. Sempre quando surge algum problema ou
dúvida, em ambos os casos é comum recorrer a um profissional especialista nas
áreas de economia, contabilidade, finanças pessoais ou outras áreas de exatas.
Porém, muitas pessoas não se atentam que lidar com orçamento, controle de
gastos e investimentos não é apenas uma questão matemática, há muita psicologia
envolvida nisso!

Se puxarmos pela memória, todos
conhecemos histórias de pessoas que possuem uma grande renda familiar e, mesmo
assim, vivem endividadas e com contas atrasadas. Também conhecemos histórias de
pessoas com baixa renda e escolaridade, mas que possuem uma vida financeira
tranquila, conseguindo ter conforto e estabilidade em relação ao seu dinheiro.
Mas por que isso acontece? Simplesmente porque quando tomamos decisões
financeiras em nossa vida, não é apenas a matemática pura e simples que entra
no jogo!

Em 2002, o psicólogo
israelense-americano Daniel Kahneman ganhou o prêmio Nobel de economia por seu
trabalho sobre economia comportamental, um trabalho de uma vida inteira que
demonstrou que o ser humano é muito menos racional em relação a ganhos e perdas
financeiras do que a economia sempre afirmou. No seu livro Rápido e devagar:
duas formas de pensar, ele explana sobre a teoria da perspectiva em que
cita vieses e heurísticas que interferem nas decisões financeiras das pessoas.

O livro Psicologia financeira,
do famoso estudioso/escritor do tema Morgan Housel, demonstra através de vários
casos reais de sucessos e fracassos na vida financeira, como a psicologia
interfere nestas situações e como é importante conhecer-se bem para lidar
melhor com o dinheiro.

Outro autor importante a abordar
o relacionamento das pessoas com dinheiro é George S. Clason que em 1926
publicou o livro O homem mais rico da babilônia, o qual traz, de maneira
simples e de fácil entendimento, como devemos lidar com nossas receitas,
despesas e dívidas.

Embora pertinente, em nenhum
momento o estudo das finanças comportamentais serve para refutar conceitos
econômicos ou matemáticos na relação que temos com o dinheiro. Estes são temas
complementares, pois tão difícil quanto atingir a tranquilidade financeira sem
considerar aspectos comportamentais, será fazê-lo sem conhecer conceitos
básicos de como lidar economicamente com seus recursos financeiros.

Quem busca uma vida financeira
mais estável e tranquila deve sempre buscar o equilíbrio entre estes dois
conceitos: o econômico e o psicológico. Trace seu planejamento e faça escolhas
conscientes.

E, já sabe, se tiver dúvidas, é
só escrever pra gente: contato@sisprimedobrasil.com.br

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