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Economia Colaborativa

6 de março de 2017

EDIÇÃO Nº 3 - MARÇO/2017

Compartilhar não é um conceito novo. Pegar carona, dividir quarto, emprestar as anotações da aula: nada disso é revolucionário. Então, por que razão o termo “Economia Colaborativa” tem sido tão discutido pelos pensadores e empreendedores? Porque mais do que nunca esse conceito transcende as relações pessoais e passa a fazer parte do universo corporativo.
A novidade não está na atitude de compartilhar e sim, na mudança na forma de fazer negócio, transformando o conceito em uma atividade econômica rentável. É o caso do Uber, o aplicativo que conecta pessoas a um motorista particular, que utiliza seu veículo próprio para realizar serviços semelhantes ao taxi. Outro exemplo é a rede Airbnb, site onde pessoas alugam quartos na própria casa para viajantes. 
É interessante fazer um paralelo entre esse novo formato de negócio e o cooperativismo, um modelo econômico que existe desde a metade do século IXX, aceito por todos os governos e reconhecido como fórmula democrática para a solução de problemas socioeconômicos. Ambos possuem uma mecânica da confiança inerentes aos sistemas e, em razão disso, tem transformado a Era do alto consumo na Era do consumo consciente e colaborativo.
Se a fórmula da economia colaborativa têm dado certo? Os números provam que sim (e muito!). No último ano, o Uber obteve uma avaliação mais alta do que o tradicional aluguel de automóveis, valorizando o negócio em mais de 60 bilhões de dólares. Com o Airbnb não foi diferente: em 2016, a rede de hospedagem obteve um valor mais elevado do que as maiores redes de hotéis no mundo, chegando a valer 30 bilhões de dólares.
Seja fazendo negócios no universo da economia colaborativa, seja optando pelo sistema cooperativista para solucionar seus problemas financeiros, não há dúvidas: frente ao capitalismo ganancioso, com preços abusivos e taxas de juros exorbitantes, o sistema de compartilhamento já tem um espaço próprio no mundo, definido por uma nova forma de pensar e de se desenvolver, resgatando as nossas raízes de comunidade e tornando a vida mais sustentável.

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