Cooperativismo e ASG

Inclusão Financeira

30 de novembro de 2016

Edição Nº 2 - Dezembro/2016

Já imaginou o dia-a-dia de pessoas e empresas sem acesso a produtos financeiros como conta corrente, poupança, serviços de pagamentos, consultoria e crédito? Segundo estimativas do Banco Mundial, das mais de 7 bilhões de pessoas que vivem no mundo, cerca de 2 bilhões não possuem conta bancária. Isso significa que 38% da população mundial adulta não tem acesso à operações básicas para gerenciar sua vida financeira.
Por isso, em 2013, o Banco Mundial idealizou a UFA 2020 (Universal Financial Access), em que países de todo o mundo se comprometeram a melhorar a inclusão financeira até o ano de 2020. A UFA prevê que adultos (homens e mulheres) tenham acesso a uma conta para armazenar dinheiro, enviar pagamentos e receber depósito, considerando esse um passo fundamental para atingir a missão de erradicar a pobreza e melhorar as condições de vida nos países em desenvolvimento.
Inclusão financeira

Desde então, o termo inclusão financeira tem se propagado e as discussões acerca do assunto tem gerado curiosidade. Afinal, o que exatamente significa isso? Em poucas palavras, inclusão financeira significa a proporção de indivíduos e empresas que usam serviços financeiros, como pagamentos, poupanças, pensões, seguros, mercados de capitais, entre outros. Essa inclusão possui aspectos relacionados à 3 pontos: ao acesso das pessoas e empresas às instituições financeiras, à utilização dos serviços e produtos oferecidos e, à qualidade e variedade dessa oferta. 
Para entender bem o cenário mundial, vale ressaltar que a inclusão financeira está diretamente ligada ao nível de renda. Ou seja, a população mais rica e desenvolvida tem maior acesso à transações financeiras. Além da análise sobre as pessoas, é preciso também direcionar o olhar sobre o universo corporativo: há milhares de micro e pequenas empresas em países subdesenvolvidos sem conta bancária. A falta de um banco mina o crescimento do negócio, já que o crédito é importante para a expansão, geração de empregos e produção de riquezas. 

Papel da cooperativa 

Solidariedade, liberdade, democracia, igualdade e equidade. Esses são os valores que regem o movimento cooperativista, que tem como princípio a união do desenvolvimento econômico com o bem-estar social.  
Baseados nos princípios de cidadania financeira e desenvolvimento para toda a comunidade, fica nítido o papel fundamental que a cooperativa de crédito exerce na promoção da inclusão financeira, assumindo um papel de destaque no processo de evolução da sociedade.
“Com atendimento personalizado e taxas de juros extremamente competitivas, uma cooperativa de crédito promove autonomia financeira e atua com a reciclagem dos recursos, uma vez que opera com os princípios de distribuição das sobras, gerando riqueza e desenvolvimento aos seus cooperados”, explica Dr. João Maria da Silveira, Diretor Regional da Uniprime Norte do Paraná.
Educação Financeira

Acesso a contas bancárias e condições extremamente favoráveis, como as oferecidas por uma cooperativa de crédito, são essenciais no processo de inclusão financeira, mas não resolvem todos os problemas. Junto com a possibilidade de guardar dinheiro e ter crédito em um banco, é importante que haja educação financeira.
Educação financeira refere-se não só a compreensão de processos bancários complexos, mas também a capacidade de entender as operações básicas realizadas em um banco, inclusive a cobrança de taxas, de juros e os riscos do endividamento.
“Na Uniprime, por exemplo, os cooperados contam com orientação por parte da cooperativa, passando por um processo de educação financeira com o objetivo de promover um melhor uso de seus recursos. Além de cursos e palestras sobre responsabilidade financeira, os cooperados recebem atendimento personalizado por parte da cooperativa”, conclui Dr. Jayr Paula Gomes Gonçalves, Diretor Financeiro da Uniprime Norte do Paraná

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