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Inflação de agosto vem abaixo das expectativas, mas mantém leve ritmo de crescimento

14 de setembro de 2023

Na última terça-feira (12) o IBGE divulgou os resultados do IPCA do mês de agosto. O índice, que é considerado a inflação oficial do país, subiu 0,23%, valor que representa uma aceleração com relação ao mês anterior, mas abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um crescimento de 0,28%.

O novo resultado faz com que a inflação acumulada em 12 meses seja de 4,61%; em 2023 a alta é de 3,23%. A expectativa é que o valor cresça novamente no mês de setembro e gere um aumento na inflação acumulada em 12 meses, tendo em vista a deflação de 0,29% em setembro de 2022.

O relatório do IBGE mostra uma alta em 6 dos 9 grupos que fazem parte do IPCA. Os principais impactos para o aumento dos índices estão na Energia elétrica residencial, que sofreu com o fim da incorporação do bônus de Itaipu, e a gasolina, que fechou o mês de agosto com um aumento de 2,46%.

O setor de alimentações e bebidas foi o principal responsável pelo crescimento abaixo do esperado e registrou uma deflação de 0,85%, valor acima do projetado para o grupo, que completa uma sequência de três meses de deflação.

O Boletim Focus, publicado pelo Banco Central no dia anterior ao anúncio do IPCA havia aumentado a projeção de inflação para 4,93% em 2023, com os juros mantidos em 11,75% e uma expectativa maior para o crescimento do PIB, que chegou a 2,64%, ante 2,56% na semana anterior.

A expectativa de que venham reduções maiores nas taxas de juros deve beneficiar setores como a construção civil e trazer bons resultados para os investimentos na área, como é o caso da Letra de Crédito Imobiliário (LCI), com remuneração referenciada ao CDI, liquidez diária após a carência e isenção de Imposto de Renda e IOF.

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