Por Rodrigo Martimiano da Rocha, profissional com Certificação CFP®.

Por várias e várias vezes, recebo o mesmo questionamento: “como faço para ganhar dinheiro com investimentos?”

Primeiro precisamos entender que, conceitualmente, existem 2 tipos de investimentos: os de renda fixa e os de renda variável.  E cada uma dessas modalidades possui uma infinidade de variações.

O que é renda fixa?

Investimento de renda fixa é quando o investidor aplica seu dinheiro por um prazo pré-determinado em um título emitido pelo governo, por uma instituição financeira ou por uma empresa, que pode ser feito diretamente com o emissor do título ou por meio de um fundo de investimento. O investidor recebe juros pela aplicação realizada, que pode ser mensal ou pagos junto com o valor original da aplicação ao final do prazo pré-estabelecido. A Poupança, o RDC, a LCI, a LF, os Títulos Públicos Federais e as Debêntures (entre outros), são exemplos de títulos de renda fixa. É importante salientar que nesta modalidade de investimento se aplica o risco de crédito, ou seja, pode ser que o valor investido não seja devolvido no prazo determinado pelo emissor do título. Ainda assim, os investimentos de renda fixa são considerados para perfil conservador.

Certo, e a renda variável?

Já o investimento em renda variável é aquele em que o investidor compra algum ativo (moeda, commodities, ações, entre outros), seja de maneira física ou por papel, pensando em revender em um momento posterior por um valor maior do que o de compra para gerar o lucro. As operações podem ser realizadas diretamente pelo investidor, através de uma corretora ou por meio de fundos de investimento – nesta modalidade um gestor efetuará as negociações, mas o investidor ainda precisará decidir quem será este gestor, qual será o tipo(s) de fundo(s) e qual a melhor hora de comprar ou vender cotas deste(s) fundo(s). A aplicação em renda variável pode possibilitar um ganho maior que o de renda fixa, porém apresenta um risco mais elevado – os principais tipos de riscos são: de liquidez – não conseguir vender o ativo no momento que gostaria e o de mercado – o preço do ativo pode cair para um valor menor do que o valor da compra. Vale salientar que esse tipo de aplicação se enquadra no perfil moderado a arrojado.

Já entendi, e quais são os próximos passos?

Tendo estes conceitos e realidades em mente, o investidor precisa se planejar financeiramente. Será necessário entender quais são os objetivos financeiros que pretende alcançar para dividir o seu dinheiro de acordo com cada um destes objetivos (recursos para aposentadoria, compra de uma casa, um carro, uma viagem, entre outros), precisará também, entender qual o horizonte de tempo (quando pretende realizar cada objetivo) e, principalmente, qual o seu perfil de investidor, para aí sim decidir os investimentos que melhor se adequam aos seus planos.

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