21 de junho de 2021
Por Rodrigo Martimiano da Rocha, profissional com Certificação CFP®.
Muitas vezes em nosso dia a dia, nos deparamos com relatórios que precisam ser analisados para tomada de decisões, seja em investimentos ou em qualquer outra área. É comum nesses relatórios, nos depararmos com conceitos e termos estatísticos que podem nos confundir caso não tenhamos conhecimento da sua real definição e interpretação.
Quando falamos em análise de dados, existem 3 medidas de tendência que é muito comum encontrarmos. As chamadas “medidas de tendência central” servem para encontrar o centro/meio de uma amostra de dados para ter uma visão de como estes números se comportaram e como podem vir a ser comportar no futuro. A média é a mais conhecida, mas existem também duas outras que são muito utilizadas pelo mercado, a mediana e a moda.
Vamos então aos conceitos e exemplos:
MÉDIA: é a soma simples de todos os números da amostra analisada e posteriormente, o resultado desta soma é divido pela quantidade de números que a compõe. Ela serve para demonstrar uma variação padrão dos resultados, apontando uma tendência central, mas não necessariamente aponta um resultado que exista de verdade. A média é mais utilizada para análise de dados que provêm de uma única fonte, por exemplo, a rentabilidade mensal de um único fundo.
Exemplo: a rentabilidade de um fundo de investimento nos últimos 6 meses foi a seguinte: – 2%; 1%; 1%; 3% 4%; 6%; a média de rendimento deste fundo é de 2,17%, mas repare que em nenhum mês o fundo rendeu necessariamente este número.
MEDIANA: aponta exatamente o número central de uma amostra de dados analisados, para isto é necessário organizar os números em ordem crescente de valor. A mediana será exatamente o número que ficar no meio quando se trata de uma amostra com quantidade de números ímpares, no caso de amostra com quantidade de números pares, se faz uma média simples entre os dois números centrais. A mediana é mais utilizada quando analisamos previsão para um número específico, onde existem várias fontes opinando. Como, por exemplo, a projeção para o PIB do país onde vários especialistas opinam sobre o quanto será o número, assim temos um valor central da projeção, não considerando as projeções mais pessimistas e NEEM ass mais otimistas.
Usando o mesmo exemplo acima da rentabilidade do fundo: -2%; 1%; 1%; 3%; 4%; 6%, neste caso o centro é entre 1% e 3% então a média é 2,50% diferente da média que havia dado 2,17%;
MODA: diferente de média e mediana, por mais que seja um conceito para análise de tendência central, a moda não aponta necessariamente o meio da amostra, mas sim o número que mais se repete nela. Para encontrar a moda, simplesmente devemos olhar para a amostra e visualizar qual número mais se repete. Se nenhum número se repete, a amostra é amodal (não possui moda), se há mais de um número que se repita na mesma quantidade de vezes, o conjunto pode ser multimodal (mais de uma moda). A moda é utilizada normalmente para se analisar qual a tendência de repetição que a amostra terá no futuro. Normalmente relacionamos o termo MODA a vestuário ou comportamentos, o que poucas pessoas sabem é que esse é um conceito matemático, quando dizemos, por exemplo, que calça jeans esta na moda, simplesmente estamos dizemos que se visualizarmos várias pessoas na rua a expectativa é que a peça de roupa que mais se repita é a calça jeans.
No mesmo exemplo do fundo acima: -2%; 1%; 1%; 3%; 6%, a moda deste fundo é 1%, então para o futuro esperamos que esta rentabilidade de 1% se repita com mais frequência.
Gostou de entender mais sobre o conteúdo? Continue acompanhando nosso canal para mais dicas e, caso tenha dúvidas, escreva para: contato@uniprimebr.com.br.