Educação Financeira

#111 – Notícias e ruídos: acredite primeiro nos seus planos

28 de junho de 2021

Por Rodrigo Martimiano da Rocha, profissional com Certificação CFP®.

Em alguns dos últimos artigos, trouxemos para vocês assuntos que estavam constantemente nos noticiários. Desta vez, vamos falar exatamente sobre elas: as notícias e nossas reações a partir da leitura delas.

Somos bombardeados por notícias de todos os lados (e a todo o momento), seja por jornais impressos – sim, eles ainda existem -, telejornais, portais na internet, rede sociais, WhatsApp, além dos amigos que sempre nos trazem a notícia mais “quente do momento”, e até mesmo as informações do nosso influencer predileto. O problema é que a maior parte destas notícias não são informações relevantes, e sim o que podemos chamar de ruído. São informações irrelevantes que alteram pouco ou nada o longo prazo, que é o que geralmente importa. Isso sem falar nas fake news que se espalham ainda mais rápido que os ruídos.

O maior problema é que não é fácil identificar o que é uma informação importante e o que é apenas ruído. Mesmo porque o tema é complexo. Quando trazemos isso para o mercado financeiro, por exemplo, algo pode ser importante para um público e não para outro, ou até mesmo a informação fazer sentido para um objetivo e ser irrelevante para outro.

Você lembra que, no início da pandemia, a taxa Selic caiu vertiginosamente, atingindo 2% ao ano, o menor patamar da história? Isso fez com que muitos investidores tirassem seus investimentos de produtos conservadores, devido ao baixo rendimento, e procurassem produtos de renda variável, mesmo sem conhecimento ou perfil para isso. Como resultado, acabaram perdendo dinheiro. Por outro lado, vários investidores de renda variável viram a bolsa de valores despencar mais de 30% no início da pandemia e venderam seus ativos desesperadamente, amargando altos prejuízos. E o que ocorreu no longo prazo? Hoje, um pouco mais de 1 ano depois, os rendimentos das aplicações de renda fixa já estão muito próximos ao que eram naquela época, e os números da renda variável já superaram os números pré-pandemia. Ou seja, todos aqueles que se mantiveram fiéis aos seus objetivos e tiveram paciência, estão iguais ou melhores do que antes do início da pandemia.

Para se proteger desta situação, o ideal é efetuar um planejamento financeiro adequado ao seu perfil de investidor e seu conhecimento, tendo objetivos claros e bem definidos, com planos baseados em conceitos técnicos. A dica é: se mantenha fiel a este planejamento, só efetue uma mudança após checar e analisar muito as informações e ter certeza de que elas afetam de maneira duradoura e irreversível os seus objetivos e planos. Lembre-se sempre daquele velho ditador popular que diz que as vezes a melhor coisa a se fazer é não fazer nada.

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