Educação Financeira

#178 — De onde vem a rentabilidade do seu dinheiro!

10 de outubro de 2022

Por Rodrigo Rocha, profissional com certificação CFP®

O mercado financeiro é algo muito complexo para a maioria das
pessoas. São diversos termos técnicos, regras e cálculos que acabam
dificultando a compreensão daqueles que não estão envolvidos diretamente com
este tipo de negócio.

Uma das dúvidas mais frequentes do investidor é “quanto meus
investimentos vão render?”. Responder esta pergunta não é tão simples, pois
na maioria das vezes a rentabilidade está atrelada a vários fatores impossíveis
de serem previstos com precisão.

Para facilitar o entendimento sobre isso, é importante saber de
onde vem o rendimento sobre os investimentos.

Basicamente, podemos dizer que só existem três formas de se ganhar
dinheiro no mercado financeiro: emprestando dinheiro a troco de juros,
recebendo lucros como sócios de alguma empresa ou comprando ativos para
revender por um preço maior.

O mais comum é o empréstimo de dinheiro, e a maioria das pessoas nem
faz ideia de que está fazendo esse tipo de operação. Quanto você compra um
título público federal, você está emprestando dinheiro para o governo, que
promete devolver o capital acrescido de juros após um período pré-determinado.
Esses juros podem ser fixos como, por exemplo 8% a.a., ou variáveis de acordo
com algum índice, como um percentual da taxa SELIC ou a variação do índice IPCA,
ou ainda mistos, como IPCA + 3% a.a., por exemplo.

Aplicar recursos na caderneta de poupança, no CDB de bancos ou no
RDC de cooperativas representa o mesmo formato de empréstimo feito com títulos
públicos federais. A diferença é que o devedor que pagará o capital e os juros
é a instituição financeira em que você aplicou o dinheiro. LCI, LCA, LF e
demais produtos de renda fixa no mercado seguem a mesma lógica. Há a
possibilidade de efetuar esta aplicação ou empréstimo diretamente a uma empresa
que atue no mercado de capitais, através da compra de debêntures.

Já a opção de investir em uma empresa que distribua lucros pode
ser realizada através da bolsa de valores ou por fundos onde é possível comprar
ações preferenciais de empresas com histórico de bons resultados e com política
de distribuição de lucros (pagamento de dividendos). O investidor se torna
sócio da empresa e poderá receber dividendos e juros sobre capital próprio em
períodos trimestrais, semestrais ou anuais, conforme a política da empresa. É
importante ter em mente que este recebimento está condicionado ao bom
desempenho da empresa e que isso pode variar por diversos motivos.

Os fundos imobiliários seguem a mesma lógica: o investidor compra
cotas que representam um “pedaço” dos imóveis do fundo e recebe o lucro deste
(proveniente do recebimento de aluguéis). O valor a receber depende de os
imóveis estarem todos alugados e com inquilinos adimplentes (pagando o aluguel
em dia). Nestas opções, o investidor recebe rendimentos, mas não tem como
simplesmente resgatar o valor total investido. Para reaver o investimento é
necessário colocar as ações ou cotas à venda via bolsa de valores para que
algum outro investidor aceite comprá-las pelo valor de mercado do dia, que pode
ser maior ou menor do que o pago na compra.

Por fim, a outra forma de obter rendimentos é efetuando a compra
de algum ativo (ações, moeda estrangeira, commodities, entre outros) que esteja
com um preço baixo para revendê-lo a outro investidor em um período futuro por
um valor maior do que o pago. Esta opção requer uma excelente análise de
mercado para identificar os melhores ativos e momento de comprar e vender. Além
disso, é importante analisar os vários fatores externos não controláveis podem
interferir no valor dos ativos, como vimos recentemente com guerras, epidemias,
tragédias naturais, instabilidades políticas, entre outros.

Interessante, não é mesmo? Caso queira saber mais sobre como obter
os melhores rendimentos, fale conosco através do e-mail: contato@sisprimedobrasil.com.br

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