Educação Financeira

#201 — O que é Educação Financeira?

10 de abril de 2023

Por Rodrigo Rocha,
profissional com certificação CFP® 

O termo “educação financeira”
está na moda no Brasil nos últimos anos. Muitos especialistas dizem que esta é
a solução para, finalmente, o Brasil se tornar um país desenvolvido. O tema
entrou em vários debates públicos e inclusive em junho de 2021 o MEC e a CVM
criaram o programa Educação Financeira nas Escolas, onde mais de 500 mil
professores serão treinados para levar conhecimento a mais de 25 milhões de alunos.

Mas a pergunta que mais escuto é
justamente “o que é educação financeira”?

Muitos acreditam que educação
financeira está relacionada apenas às aplicações financeiras, poupança,
investimentos em ações ou outros tipos de renda variável. Mas este é apenas um
dos escopos da educação financeira que, na realidade, é muito mais profunda do
que isso. Ela está relacionada, além dos investimentos, ao orçamento familiar,
consumo consciente, sustentabilidade, administração e até mesmo psicologia.

Assim como na matemática é de
extrema importância utilizarmos fórmulas para realizar cálculos, na área da
educação financeira é muito importante conhecer os conceitos de economia,
administração e finanças. Porém, além disso, é ainda mais importante entender a
realidade em que cada pessoa física ou jurídica está inserida, entender sua
atual situação, as preocupações, objetivos e o que se acredita em relação a uma
boa vida financeira.

Cada pessoa é um ser único, com
momentos de vidas e situações completamente diferentes umas das outras e, assim
sendo, não existe um manual de finanças que seja padrão e aplicável igualmente
a todos. O que temos de ter em mente é que as pessoas necessitam estar
informadas e capacitadas para poderem, dentro de sua realidade, fazer as
análises corretas e as melhores escolhas.

Não é simples responder se
devemos tomar um crédito para comprar algo ou juntar o dinheiro para comprar à
vista, pois não existe uma resposta padrão. Tudo dependerá da situação. Um
desconto de 10% à vista em um bem de extrema necessidade pode justificar tomar
um empréstimo com taxa de 5% para realizar a compra, porém pagar juros de 1%
para algo que não lhe gerará nenhum retorno pode ser extremamente ruim.

Em resumo, a educação financeira
está relacionada a escolhas. O que deve ficar claro para a pessoa que está
tomando algum tipo de decisão sobre finanças é que tanto o dinheiro quanto o
tempo são recursos limitados nesta equação, e que cada escolha que é feita
representa uma renúncia a outra escolha que poderia ter sido tomada no lugar. E
que, para não se arrepender mais tarde, devemos olhar para além da matemática,
entendendo os motivos e necessidades que nos levaram a esta escolha.

Neste sentido, quanto mais
informações tivermos para a tomada de decisões, mais certos estaremos em
relação às nossas escolhas, diminuindo assim, o risco de arrependimentos.

E como anda a sua educação financeira? Ela já lhe auxiliou a tomar melhores decisões? Compartilhe sua
história conosco, escrevendo para contato@sisprimedobrasil.com.br.

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