Educação Financeira

#232 – Planejamento sucessório

4 de dezembro de 2023

Por Juliana Refundini, profissional com certificação CFP®

Quando falamos em planejamento sucessório, a primeira coisa que vem à mente é que só serve para grandes empresários ou pessoas com muito patrimônio. Mas a verdade não é essa! Ao perdemos um familiar, além da dor emocional, se não estivermos preparados para este momento, podemos ter muitos transtornos.

Mas o que é especificamente o planejamento sucessório?

São medidas legais que devem ser tomadas em vida para deixar seus bens organizados — e não somente os bens, como suas vontades e forma de divisão. Por exemplo, em caso de ausência, quem fica responsável pela tutela de filhos menores? Ou ainda, quem fica responsável pelas decisões na empresa?

Se não houver planejamento, mesmo uma família com muitos imóveis pode ter problemas, pois os custos com transferências costumam ser altos e, se o patrimônio for imobilizado, será mais difícil arcar com as custas.

Mas como especificamente você pode se planejar?

Bem, aconselho sempre procurar um profissional que possa te orientar em todos os aspectos, pois o caso deve ser analisado no detalhe, bem como os impactos na vida dos envolvidos.

Mas trago alguns exemplos do que pode ser feito para você se planejar e até mesmo reduzir o custo financeiro destes momentos:

  • Testamento público ou particular, que pode ser registrado em cartório ou redigido pela própria pessoa, expressando suas vontades, divisão de bens, entre outros;
  • A doação em vida pode ser uma alternativa — sempre respeitando os herdeiros necessários — com imposto de transferência em média 50% menor que uma transferência após a morte;
  • Outra forma é constituir uma empresa para onde esses bens são transferidos, uma “holding familiar” que administra os bens. Quando o formato jurídico é criado, todos os bens e direitos que formam o patrimônio de uma família (ativos financeiros, imóveis, participações societárias, entre outros), passam a pertencer à holding. Isso faz com que o processo sucessório fique mais simples e menos custoso, pois, ao invés de dividir os bens, são atribuídas cotas aos beneficiários, correspondentes ao valor que cada um teria direito;
  • Seguro de vida também é uma forma de planejamento. O valor do seguro é recebido diretamente pelos herdeiros, não havendo necessidade de passar por inventário, possibilitando cobrir os altos custos envolvidos. Possui sistema de pagamento rápido;
  • Previdência privada, além de sua função de aposentadoria, pode cumprir o papel de planejamento sucessório, ajudando no custeio das despesas de inventário, sem a necessidade de passar pelo mesmo (desde que respeitados os herdeiros necessários).

Apesar de ser ainda um tema difícil de se tratar para muitos, a conscientização que o planejamento financeiro traz tem aumentado no Brasil. É sempre válido procurar um profissional capacitado, ele irá te ajudar a fazer a melhor escolha!

E, se tiver dúvidas, já sabe: é só escrever para faleconosco@sisprimedobrasil.com.br.

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