1 de abril de 2024
Por Rodrigo Martimiano da Rocha, profissional com Certificação CFP®
O tema das finanças pessoais está em voga em vários canais de comunicação, passando também a ser tema em escolas por todo o país, e em várias esferas governamentais estão sendo criadas leis com a iniciativa de levar educação financeira a todas as pessoas. Mas afinal, do que realmente se trata a educação financeira?
Muitas pessoas relacionam educação financeira com aprender a ganhar dinheiro, outras relacionam com formas de aplicações financeiras complexas e muitos a ligam a fazer planilhas de gastos para controle do orçamento familiar. Mas educação financeira é algo mais complexo que isso.
A educação financeira se refere ao relacionamento das pessoas com a economia e com o dinheiro, seja ele na quantidade que for. Aprender a história do comércio, da criação das moedas e das teorias econômicas é a base inicial para pensar em finanças pessoais.
Faz parte da educação financeira ensinar as pessoas como as condições econômicas do país e do mundo afetam sua vida no dia a dia, ensinar o que é inflação, como e porque ela acontece e como lidar ou amenizar seus efeitos. Também faz parte aprender a fazer operações financeiras básicas, como contas com juros simples e juros compostos, além de conhecer produtos oferecidos por instituições financeiras e como utilizá-los de maneira correta, como por exemplo cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e produtos de investimento.
Também entra no escopo da educação financeira, ensinar ao cidadão, o que são impostos, porque eles existem e qual o papel de todo cidadão nesta cadeia do dinheiro que sai da população e vai para os governos federais, estaduais e municipais. É necessário entender que estes recursos são de todos e que devem voltar em serviços a toda a população e, que é dever de todos, além de contribuir com os valores, acompanhar e fiscalizar a utilização destes recursos.
E por fim, faz parte da educação financeira aprender a criar, organizar, executar e acompanhar o orçamento familiar, buscando o equilíbrio das contas da casa, escolhendo as melhores formas de utilização dos recursos disponíveis, formando na medida do possível as reservas de emergência, pensando nos planos de curto, médio e longo prazo, aprendendo formas de financiar as necessidades de caixa com as melhores alternativas possíveis e investindo sobras de caixa quando ocorrerem de acordo com o perfil e realidade de cada um.