Com vocação sustentável e gestão democrática, o cooperativismo tem em seu DNA o modelo ASG

O modelo cooperativista tem seu marco inicial na pequena cidade de Rochdale, Inglaterra, quando em 1844, um grupo constituído majoritariamente por tecelões, formou a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale.

A iniciativa buscava realizar a compra e venda de mercadorias e, para isso, alugaram um armazém para estocar produtos que, adquiridos em grande quantidade, poderiam ser comercializados por preços mais baixos.

A iniciativa foi um enorme sucesso e o capital inicial de 1 libra cresceu para 180 libras em um ano. Além do sucesso econômico, a iniciativa de Rochdale se perpetuou por conta da criação dos princípios que baseiam a conduta cooperativista. São eles:

1. Adesão voluntária e livre;
2. Gestão democrática;
3. Participação econômica dos associados;
4. Autonomia e independência;
5. Educação, formação e informação;
6. Intercooperação;
7. Interesse pela comunidade.

Dois séculos depois, esses princípios de Rochdale são ainda muito atuais e têm fortes ligações com as demandas do mundo contemporâneo, em especial as pautas ASG (Ambiental, Social e Governança). As cooperativas possuem diversas ferramentas de gestão e transparência, inclusive expresso em seus estatutos sociais, que antes mesmo do conceito de ASG existir, já cumpriam seus requisitos, como:

• A adesão voluntária e livre garante igualdade de participação justa e proporcional a todos, sem distinção de gênero, raça, orientação sexual ou quaisquer outros aspectos;
• A gestão democrática fomenta a participação de todos os cooperados e as ações de transparência para que essas ações sejam baseadas em boas práticas de gestão;
• A participação econômica dos membros é plena e a distribuição de sobras se dá de acordo com a movimentação de cada um, garantindo uma remuneração justa e proporcional a todos;
• A autonomia e independência garantem a liberdade de atuação das cooperativas, não se restringindo à interesses políticos e atendendo as demandas de todos os seus cooperados;
• O princípio de educação, formação e informação é um investimento no desenvolvimento do nível educacional e cultural de seus cooperados, colaboradores e da sociedade como um todo;
• A intercooperação garante o fomento de uma economia mais dinâmica e gera riquezas a todos os membros da cadeia produtiva onde as cooperativas estão envolvidas e trabalhando em conjunto;
• Por fim, o interesse pela comunidade trata-se da participação maior na sociedade, envolvendo ações sociais, ambientais e de desenvolvimento para as comunidades onde as cooperativas estão inseridas.

As semelhanças entre os princípios cooperativistas e as práticas ASG são enormes, por conta disso, o setor é vanguarda no tema e vem estruturando e mostrando ao mercado as práticas que adotam muito antes do termo ter sido popularizado.

A governança ASG faz parte do planejamento estratégico da Sisprime e diversas ações vêm sendo realizadas para estruturar essas práticas. Como marco deste processo, no mês de outubro os colaboradores realizaram um treinamento sobre o ASG e as práticas estão sendo mapeadas e organizadas para que o tema tenha cada vez mais importância no dia a dia da cooperativa.