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Educação Financeira: dicas para começar a investir

16 de março de 2023

EDIÇÃO Nº 52 - MARÇO/2023

A decisão sobre a realização de investimentos financeiros deve levar em conta algumas variáveis que ajudam a nortear o melhor caminho a seguir. É importante saber que o mercado financeiro envolve operações de compra e venda de ativos como valores mobiliários, mercadorias e câmbio.

O primeiro passo para começar a investir, como reforça Rodrigo Rocha, CFP (Certified Financial Planner) na Sisprime do Brasil, é escolher uma instituição financeira séria, com bons números e que apresenta extrema solidez. Depois disso é preciso identificar que tipo de rendimento quer alcançar e que tipo de risco quer correr. É dessa forma que começamos a definir o nosso perfil e é o que nos ajudará a escolher o melhor investimento entre trabalhar com renda fixa ou com renda variável.

Na renda variável, de acordo com ele, os riscos são altos porque a rentabilidade vai depender das condições de mercado. “Questões relacionadas à política econômica, taxa de juros, inflação e cenário internacional podem gerar maior volatilidade para os preços desses ativos já que, na renda variável, o que basicamente determina o preço é a lei da oferta e demanda”, afirmou.

Já nas aplicações de renda fixa, o recurso investido recebe rendimentos de aportes periódicos de acordo com o que foi contratado, o que vai representar menos risco e menor volatilidade em relação às questões envolvendo a economia do país e do mundo.

“Na renda fixa é possível escolher investir com juros pós-fixados e juros pré-fixados. No caso do pré-fixado o valor a ser recebido em rendimentos é determinado com base na definição de um percentual anual. Assim o rendimento será fixo com base nesse percentual”, salientou Rocha.

Já nos investimentos pós-fixados a aplicação fica atrelada a índices como o CDI que está lastreado na taxa Selic, definida periodicamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ou algum outro índice de preços como IPCA ou IGPM.

O mais importante em relação à renda fixa, de acordo com ele, é entender que todos os juros da nossa economia se baseiam na Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, que hoje está em 13,75% ao ano, cerca 1,10% ao mês. “Qualquer oferta de juros muito superior à Taxa Selic – por exemplo 2%, 3% ou mais ao mês – para rentabilizar o capital, ou está atrelada a muito risco e à volatilidade do mercado ou pode significar algum tipo de golpe como as pirâmides financeiras”, reforçou.

As pirâmides, que sempre voltam aos noticiários de tempos em tempos, funcionam prometendo rendimentos altos para quem aderir e levar novos membros para o negócio, e são atividades ilícitas. Por isso, quando decidir investir seu capital, escolha uma instituição que ofereça segurança para o recurso a ser aplicado. Cuidado para não se envolver em golpes financeiros onde as promessas não darão nenhum tipo de segurança ao seu dinheiro.

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